04/01/2019 | Por: Vilebaldo Nogueira Rocha | Visitas: 1747
A cidade aos pouco vai encolhendo.
Devoram-lhe a terra, o ar, o morro;
Devastam-lhe as árvores, o rio, o povo...
Picos: Uma saudade em cada canto.
Bumba-meu-boi-morreu. Morreu!!!!!
Poetas mofando em gavetas e esquinas.
A água o cloro bebeu. Que será de mim...?!
O viajante toma o mel e me devora.
Picoenses buscam novas paisagens
Onde o dinheiro compra felicidade.
Ela encolhendo e eu morrendo.
Talvez um dia, não muito distante,
Picos seja só meu coração
Enterrado sob uma terra de ninguém.
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