03/11/2019 | Por: Vilebaldo Nogueira Rocha | Visitas: 4079
Meu verso é lento e tardio
Às vezes demora chegar,
Mas no escuro do estio
Leio poetas de cá e de lá,
Encharcam a fresta do olho
E me alimentam a versificar.
Meu verso é camaleão
Drummond e Limeira vêm me abraçar.
É água descendo a encosta do monte,
Lacunas e fendas a lhe moldar.
E o esterco curtido da infância
Fertiliza o meu poema.
Meu verso não sabe a força que tem.
É boi de arado na base do açoite.
Meu verso não sabe o valor que tem.
É mulher dama no meio da noite.
Meu verso é assim: manso e feroz.
É um pouco de mim e de todos nós.
Comentar matéria
eita! poeta arretado de bom! nem me arrisco dizer ao contrário! pois sou um etrrno apaixonado por tudo que vc faz.meu irmao-amigo!
Veja mais poesias:
Uma ponte
Sobre um rio
Imita um arco-íris
Uma chuva
No meio da tarde
Alimenta...
Chove
quotidianamente nos meus olhos
a infinita melodia do passado.
A ausência...
Meu verso é lento e tardio
Às vezes demora chegar,
Mas no escuro do estio
Quatro paredes sólidas
Homem ...
Esparramada sobre ruas e praças
E avenidas: um enorme tapete...
Meus filhos,
Em meu nome vocês edificaram capelas,
Construíram igrejas em planos,...